quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Compor...


Compor...
Compor para mim, é como criar asas...essas asas não comuns e que certamente não se vê por aí acopladas a uma espécie de pássaro robótico sobrevoando um céu nublado. Meu Deus, eu viajei agora...o que eu quis dizer com isso? Hahaha! É sempre assim, eu não tenho muito tempo de policiar meu pensamento enquanto escrevo...As palavras vão sendo transportadas a um plano e minha mente sempre está lá...bem adiante...é sempre assim.
Eu também não tenho um padrão de criação e nem sei se isso existe. Também não sei de onde vem inspiração...eu apenas sinto, e faço isso da melhor forma. Melhor forma para mim é claro...pois acredito que somente fazendo algo pra si é que realmente temos grande chance daquilo dar certo.
Geralmente estar em um quarto escuro é tudo que eu preciso além de teclado, violão , caneta e papel. Ali não sou notada, sou um ser invisível até mesmo aos meus olhos.Tá, daí você me pergunta: Como você escreve se não enxerga nada? E eu respondo: Só preciso de um fecho de luz em cima do meu papel e meu teclado...nada mais. E como um passe de mágica minha mente estimula-se aceitando à vezes o improvável, o absurdo e logo fazem dos meus pensamentos uma dinamite de palavras junto a sonoridades as quais eu ainda desconheço e só percebo que são harmônicas...então eu as sinto. E nesse momento eu só preciso sentir. Então eu sinto...sinto...sinto... A cada palavra um gozo irreversível, A cada nota um gozo irrevogável...
Tem algo curioso acontecendo comigo. Lembro que antes, eu começava a compor uma música e no mesmo dia eu terminava toda ela. Agora, pelas minhas contas não muito exatas (pois sou péssima em matemática) devo ter umas 9 músicas inacabadas. O que faz-me questionar diariamente: Por que isso acontece? Era melhor antes que agora? Há um bloqueio em minha mente com o qual terei que conviver o resto dos meus dias? Será uma fase? Um distúrbio do ócio criativo? (...) E logo vejo que isso é comum, a vida é uma constante evolução... eu estou amadurecendo e isso faz da minha vida uma eterna descoberta de mim mesma.
A única coisa que sei é que mesmo eu não finalizando um número bem significativo de músicas, minha mente não pára, não pára de criar e isso já me basta. Sei também que uma frase acrescento a cada canção inacabada toda vez que tranco-me em um quarto escuro, embora esse eu não considere um "fator chave" de inspiração. Isso significa que está ACONTECENDO. O bom é isso, fazer acontecer.
Meu quarto escuro e calmo é apenas algo que silencia minha alma e faz com meu eu torne-se mais sensível e mais propício a uma disciplina instrumental. Sou feliz assim, exatamente assim!


; ) bye!

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