terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Uma história de verdade nunca tem fim... [25 anos]


Com 1 ano de idade levei meus primeiros tombos e quedas. Aos 2 anos vesti minha primeira fantasia de carnaval num momento em que o que eu queria mesmo era minha chupeta. Aos 3 sempre confundia ontem com amanhã. Aos 4 aprendi que chorando eu conseguia mais as coisas que queria do que quando pedia sorrindo. Aos 5 tinha uma boneca chamada Marília a qual foi minha confidente até o dia de ter que ir pra uma caixa de brinquedos inúteis. Aos 6 inocentemente enchi um preservativo achando que era um balão (peça injusta que me pregaram, isso naum se faz). Aos 7 tentava me defender das traquinagens do meu irmão mais velho e injustamente fazia traquinagens com minha irmã mais nova. Aos 8 costurei a primeira de tantas roupinhas de bonecas. Aos 9 estava viciada em gibi a ponto de querer decorar todas as falas. Aos 10 descobri que pintar e desenhar era muito mais prazeroso do que parecia. Aos 11 cantarolava pela casa com uma mão de pilão...era meu microfone. Aos 12 escrevi meus primeiros versos. Aos 13 senti o coração bater mais forte por alguém. Aos 14 parti um coração ao partir. Aos 15 descobri que fazer "social" com festinha sem amigos de verdade era bem pior que comemorar sozinha. Aos 16 percebi que podemos sim utilizar qualquer objeto de uma coleção para fins não decorativos. Aos 17 me questionei sobre amor a dois. Aos 18 era barrada em festas sempre que esquecia minha id. Aos 19 não temi em cantar alto dentro de um ônibus lotado pra compor a canção... hoje mais querida por meus amigos. Aos 20 passei a experimentar coisas que eu dizia não gostar sem antes experimentá-las. Aos 21 percebi que não se pode abraçar o mundo inteiro de uma vez só, mas fazer o que se gosta é uma forma de abraçar o mundo lentamente. Aos 22 passei a ser mais teimosa porque eu simplesmente não suportava a idéia de que quisessem mudar minha opinião. Aos 23 descobri que eu realmente gostava da noite e era muito mais produtiva pra mim. Aos 24 percebi que há dois tipos de saudades, a boa e a ruim. A boa quando o bom é recordar momentos felizes, alegres e de forma saudável. A ruim quando recordamos momentos tristes, infelizes e que esses nos martirizam e nos fazem sofrer.(Eu prefiro a boa). Aos 25 aprendi que exatamente todas as coisas que aconteceram na minha vida tinham que acontecer pra que eu fosse realmente eu. Não seria o que sou hoje se todas as coisas que surgiram no meu caminho não tivessem acontecido, elas são responsáveis pelo que me tornei. Cada tombo, cada queda, cada fantasia, cada confusão, cada choro, cada sorriso, cada brinquedo, cada pincél, cada tinta, cada papel... tudo foi importante.Cada implicância, cada brincadeira, até mesmo as mais injustas. Cada revista, cada palavra, cada olhar, cada beijo, cada abraço, cada vontade, cada desejo, cada pergunta, cada resposta... As coisas mais simples até as mais complexas fizeram parte do que sou hoje. E a cada ano que passa, novas coisas surgem e aprendemos com cada uma delas. Hoje por exemplo eu percebo que se eu tivesse utilizado "um" preservativo da minha coleção de camisinhas certamente eu não teria engravidado aos 16 anos. Mas também sei que se isso não aconteceu foi pro bem da humanidade, porque eu sou a mãe mais feliz desse mundo. Também sei que outras mulheres ainda não estão preparadas pra ser mães. Hoje também aprendi que a vida é pra ser vivida intensamente e eu preciso disso pra me ser. Isso é um pouco sobre mim, mas um pouco muito pouco mesmo porque uma história de verdade nunca tem fim.Recordar é viver!

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